A vida só tem um sentido, e o único sentido que a vida tem é quando investimos nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa, a luta do coletivo. Esta é a lida do Promotor de Justiça: lutar pela construção contínua da cidadania e da justiça social. O compromisso primordial do Ministério Público é a transformação, com justiça, da realidade social.



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21 de maio de 2010

Pérola - Nepotismo


"Até Deus, quando teve que mandar alguém à Terra, escolheu quem? O Filho”

Por Francisco de Assis de Moraes Souza, vulgo "Mão Santa", Senador da República (PSC/PI), na defesa do nepotismo no Congresso Nacional, no dia 14/05/2010.

Um comentário:

Vellker disse...

De forma menos do que indecente, vem novamente um político brasileiro não só acrescentar mais uma vergonha ao nosso já paupérrimo cenário político, como também dar toda razão para a revista britânica "The Economist" que ao fazer uma reportagem sobre o legislativo federal, deu-lhe como título uma sugestiva pergunta: "Parlamento ou Chiqueiro?".

É verdade que Deus escolheu seu filho para mandar ao nosso mundo. Pessoalmente sou cético quanto à religião mas posso ler as Escrituras e comparar com os jornais dos nossos dias.

Sim, sem dúvida Deus escolheu seu filho para um trabalho em nosso mundo. Mas para um árdua e perigosa viagem de peregrinação. Em oposição a ele e seu trabalho temos os filhos dos políticos, sempre viajando nos chamados trens da alegria, onde dormem em confortáveis trabalhos no qual na verdade não tem que trabalhar em nada. Sem contar a aposentadoria também em nada merecida.

O filho de Deus trabalhava de cidade em cidade, propagando verdades da sua religião. O filho do político viaja de cidade em cidade fazendo conchavos e defendendo a mentira.

O filho de Deus curou os doentes e aliviou os desesperados. O filho do político superfatura remédios, rouba hospitais públicos e leva desespero e doença a todos.

O filho de Deus fez o milagre da multiplicação dos pães e alimentou os famintos. O filho do político pega todos os pães para ele e frauda a merenda escolar.

O filho de Deus trabalhava sem parar levando a todos sua mensagem e mostrando sua integridade. O filho do político trabalha só de terça até quinta-feira, quando trabalha e não leva mensagem nenhuma a ninguém, a não ser o preço pelo qual se vende.

O filho de Deus foi julgado injustamente, não recuou e suportou todas as penas e suplícios até o fim por propagar sua crença. O filho do político se esquiva da Justiça com o foro privilegiado e com a total impunidade por seus crimes.

Sim, Deus escolheu seu filho para mandar ao nosso mundo e escolheu para sua mãe uma virgem santa.

E ele fez tudo o que fez e está escrito até hoje. É o que leio nas Escrituras.

E lendo nos jornais de hoje, tudo o que o filho do político faz, chego a uma conclusão sobre essas escolhas.

Para as aflições do povo, Deus também teve que criar a figura do filho do político.

Mas sabendo das coisas que o filho do político iria fazer, ele não foi escolhido para nascer como filho de uma virgem santa.

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O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)