
2. É urgente garantir o tempo social de infância e juventude, com escola de qualidade, visando condições aos jovens para o exercício e vivência de cidadania, que permitirão a construção dos papéis sociais para a constituição da própria sociedade;
A vida só tem um sentido, e o único sentido que a vida tem é quando investimos nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa, a luta do coletivo. Esta é a lida do Promotor de Justiça: lutar pela construção contínua da cidadania e da justiça social. O compromisso primordial do Ministério Público é a transformação, com justiça, da realidade social.
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incubindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. (CF, art. 127)
É o agente do Ministério Público que se esmera na titânica luta em busca do bem comum, não dando tréguas àqueles que se desviam dos ditames constitucionais e legais, com os olhos sempre voltados à concretização da Justiça.
César Danilo Ribeiro de Novais - Promotor de Justiça do Tribunal do Júri.
O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)
“Com a reconstrução da ordem constitucional, emergiu o MP sob o signo da legitimidade democrática. Ampliaram-se-lhe as atribuições; dilatou-se-lhe a competência; reformularam-se-lhe os meios necessários à consecução de sua destinação constitucional; atendeu-se, finalmente, a antiga reivindicação da própria sociedade civil. Posto que o MP não constitui órgão ancilar do governo, instituiu o legislador constituinte um sistema de garantias destinado a proteger o membro da instituição e a própria instituição, cuja atuação autônoma configura a confiança de respeito aos direitos, individuais e coletivos, e a certeza de submissão dos Poderes à lei.” (Min. Celso de Mello, STF - RTJ 147/161)
As opiniões aqui veiculadas não espelham o pensamento do Ministério Público, senão dos autores que subscrevem os textos.
5 comentários:
Concordo em partes com a teoria da psicologa,mas para q isso aconteça teriam que colocar pessoas capacitadas nas instituições, que trabalham com medidas socio-educativas e não colocar pessoas desqualificadas ou com apadriamento politico como se ver por ai e outra coisa politicas publicas de atendimento que não se tem adequada.Outra coisa gravissima se focaliza só em cima de pessoas de poder aquisitivo baixo e quando é um filho de classe media alta se abafa.
pura demagogia de quem nunca foi vitima
A grandeza de uma sociedade sadia está na família, não adianta alguém ( com alguma formação) querer resolver os problemas de alguém que nem teve princípios de boa formação familiar,poque não vai. Isso indiferentemente de nível social. É preciso rever os conceitos
da família e da sociedade de uma forma geral.
A grandeza de uma sociedade sadia está na família, não adianta alguém ( com alguma formação) querer resolver os problemas de alguém que nem teve princípios de boa formação familiar,poque não vai. Isso indiferentemente de nível social. É preciso rever os conceitos
da família e da sociedade de uma forma geral.
Discordo plenamente. A diminuição da maioridade Penal não resolverá nada, um adolescente de 16 anos não tem mentalidade formada, não tem madureza, está em uma fase de plena formação física e psicológica, de aprendizagem. O que seria desse jovem se o condenasse à anos de prisão? O Presídio seria uma escola para um futuro psicopata, cresceria mais revoltado ainda. Eles precisam do apoio de uma família estruturada, caso não tenha, de um Estado acolhedor, como eu disse, acolhedor e não frouxo. Um sistema de Recuperação de Menores Infratores mais rígido, Centros onde eles não queiram voltar mais, que atuassem em substituição à família em falta, ou seja, que ensinasse a disciplina, a respeitar os limites impostos, ser bom cidadão, ensinar os moleques a trabalhar, a serem honestos, castiguem caso precise, deem conselhos caso precise, e não um lugar cheio de regalias pra passar uma semana.
Chega de leis que acolhem a criminalidade, e criem leis que acolhem os jovens, criem cooperativas, instituições voltadas ao apoio para reestruturação desse menor infrator na sociedade, programas de capacitação profissional para o mercado de trabalho, para que não acha desculpa para voltar ao crime, e se torne em um círculo vicioso. Diminuir a menoridade penal é uma tentativa de mandar pra baixo do tapete um emaranhado de problemas sociais que fazem surgir estes jovens criminosos.
É mais fácil punir todos do que impedir que estes jovens cheguem a tal situação. A própria sociedade hipócrita forma estes jovens criminosos, com seu descaso, com seu consentimento e desprezo, pois a maioria das pessoas não se importa com as classes menos favorecidas, mas somente com próprio eu.
Alterar a menoridade, vai apenas ressaltar a hipocrisia social e fazer as crianças sentirem-se adultas para cometerem os mesmos erros dos adultos sem, entretanto, cumprir os mesmos deveres e responsabilidades. Progressão de pena é outra coisa. Querem corrigir alguma coisa? Melhor pensar na maioridade civil e penal aos 21 anos e punir com mais rigor todos os criminosos e infratores.
País sério e sem violência, se faz com políticas públicas eficientes e principalmente com educação de qualidade!
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