A vida só tem um sentido, e o único sentido que a vida tem é quando investimos nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa, a luta do coletivo. Esta é a lida do Promotor de Justiça: lutar pela construção contínua da cidadania e da justiça social. O compromisso primordial do Ministério Público é a transformação, com justiça, da realidade social.



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6 de maio de 2009

Todos os Poderes terão de expor seus gastos na web

O Congresso enviou à sanção de Lula, nesta terça (5) uma lei redentora.

Obriga todos os gestores de verbas públicas a expor os gastos na internet.

Vale para todo mundo: União, governos estaduais, prefeituras...

...Judiciário, Ministério Público federal e estadual, Congresso...,

Assembléias legislativas, câmaras de vereadores. Enfim, não escapa ninguém.

O projeto foi aprovado na Câmara, com os votos de 389 deputados.

Já havia passado pelo plenário do Senado.

O autor é o ex-senador João Capiberibe (PSB-AP).

Uma vez sancionada, a nova lei terá efeitos revolucionários.

Permitirá a qualquer cidadão acompanhar, em “tempo real”, a aplicação do dinheiro público.

Ficarão ao alcance de um clique do mouse todas as receitas e as despesas das repartições públicas.

Resta agora fiscalizar a implementação da providência. A lei prevê outra novidade alvissareira.

Confere aos partidos políticos, sindicatos, associações e pessoas físicas o direito de denunciar aos tribunais de contas a não-disponibilização dos dados.

Hoje, as informações relativas à execução dos orçamentos públicos só estão disponíveis em bases de dados fechadas.

Na esfera federal, por exemplo, os dados são lançados no Siafi, um sistema eletrônico aberto apenas a burocratas e congressistas detentores de senhas.

Com a nova lei, quebra-se a transparência de cristal cica.

Só depende agora do jamegão de Lula.

Um comentário:

Cartas de Política disse...

Se o ex-senador acreditava que essa lei teria algum efeito, o único que ele já devia saber que vai ter é o de mera propaganda política.

São incontáveis os artifícios fiscais que os políticos corruptos usam em suas prestações de contas para compensarem as dívidas de uma conta com as sobras de outras e coisas assim e no final todos os resultados saem "equilibrados".

E ainda por cima confere aos partidos políticos, sindicatos, associações e pessoas físicas o direito de denunciarem aos tribunais de contas a não prestação de contas. Grande coisa.

Os partidos políticos? Esses vão fazer de conta que estão trabalhando na averiguação das contas, tanto quanto um batedor de carteiras que recebe a denúncia da própria vítima.

Sindicatos? Chovem denúncias sobre seus dirigentes que hoje estão em cargos políticos e do lado do governo.

Associações? E o que é que elas podem fazer a não ser uma entrevista em algum jornal que logo será esquecida?

Pessoas físicas? Vão fazer as denúncias, se fizerem, que logo serão protocoladas e averiguadas durante dezenas de anos.

E por último os tribunais de contas, que na maioria das vezes, mesmo vendo que as contas de um político não batem, dizem que não encontraram irregularidades. E se encontrarem irregularidades, dizem que encontraram e fica tudo por isso mesmo.

Por isso são chamados de tribunais de contas. Fazem de contas que estão verificando alguma coisa.

Acreditar nessa lei é a mesma coisa que ser abordado pelo sujeito que chega perto de alguém na saída da agência bancária e diz que tem um bilhete premiado para vender.

E tem gente que ainda compra. É, tem gente que acredita nesse sujeito e nessa "lei".

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O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)