A vida só tem um sentido, e o único sentido que a vida tem é quando investimos nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa, a luta do coletivo. Esta é a lida do Promotor de Justiça: lutar pela construção contínua da cidadania e da justiça social. O compromisso primordial do Ministério Público é a transformação, com justiça, da realidade social.



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26 de junho de 2011

Manual de Segurança Residencial


Nem mesmo os muros, grades e circuitos de câmeras de edifícios e condomínios evitam a ação de criminosos. Por esse motivo, a atenção redobrada é uma importante aliada na prevenção de delitos. O aumento dos crimes contra o patrimônio e a vida levaram Brasília à posição 374ª no ranking de violência mundial, segundo o Instituto Sangari.

Com o objetivo de formar uma cultura de prevenção e segurança nos condomínios e casas onde residem membros, servidores, estagiários e a comunidade em geral, a Coordenadoria de Segurança Institucional do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) organizou o Manual de Segurança Residencial. Direcionado a síndicos, porteiros, zeladores e moradores, a cartilha tem dicas específicas para cada categoria. As orientações mostram como se comportar em situações cotidianas a fim de evitar a ocorrência de crimes contra pessoas e o patrimônio, além de garantir um ambiente seguro e que proporcione qualidade de vida.

Dentre as recomendações para síndicos está a promoção de rigorosa seleção de funcionários, sem jamais anunciar vagas de emprego em classificados. "Por questão de credibilidade e segurança o ideal é verificar se amigos e familiares têm um nome a indicar, pois é melhor selecionar alguém dentro do ciclo de pessoas que você confie, dentre aqueles que possuam referências. Até mesmo para evitar que pessoas sem o perfil desejado ou que aproveitem da ocasião para consecução de objetivos escusos se dirijam ao condomínio", aconselha o major Carlos Alberto Alves Lemes, chefe da Seção de Atividades Especiais de Segurança do MPDFT.

Para os porteiros, uma das dicas é checar equipamentos de segurança, sistemas de comunicação, iluminação e de combate a incêndios, além das trancas dos quadros de telefonia, antes mesmo de assumir o turno de serviço. "De nada adianta o investimento em tecnologia de segurança se os equipamentos não se encontram em perfeito funcionamento. Ressalta-se também a necessidade das pessoas responsáveis pela operação desses equipamentos serem treinadas", aconselha o major.

No caso de condomínios verticais, zeladores devem ser cautelosos na hora da limpeza dos andares e do térreo, tomando o cuidado de colocar panos nos vãos entre as portas dos elevadores e o chão, conforme uma das orientações do manual. "Deve-se evitar que a água escorra pelo vão a fim de evitar danos no sistema de travamento das portas dos andares inferiores", explica.

A lista de recomendações para os moradores é a mais extensa e inclui "conhecer seus vizinhos na medida do possível". A ideia é que os condôminos fiquem atentos a eventuais rostos estranhos no local. "Dessa forma você pode ser mais um fiscal da segurança do condomínio denunciando ao serviço de portaria a presença de estranhos ou auxiliar seus vizinhos caso desconhecidos entrem no imóvel dele. Trata-se de um apoio preventivo aos vizinhos e funcionários, essencial para segurança de todos ", finaliza o major.

Leia o manual na íntegra aqui.

Um comentário:

Vellker disse...

Um bom manual para o condômino ler e entender uma coisa: ele tornou-se apenas uma presa cobiçada, guardada numa espécie de luxuoso armazém onde frequentemente os assaltantes vão, digamos assim, às compras. Ninguém vai incomodá-lo por qualquer coisa. Quando vierem atrás dele, ele pode ter certeza de que vale o risco e geralmente paga caro por isso. Pior ainda, não há como evitar nem como saber quando e como isso vai acontecer.

Isso os manuais de segurança não dizem porque estraga o piquenique na bem cuidada área de lazer dos condomínios.

As camêras de televisão de circuito fechado saudadas como o Grande Irmão da vigilância anos atras hoje são apenas o Pequeno Irmão, testemunhas impotentes de roubos, assaltos e mortes. Ajudam a polícia em alguns casos, só isso. Em outros, os assaltantes até riem para elas.

A cada medida de segurança, aliás válidas no conjunto, os bandidos se ajustam. O condomínio é virtualmente inpenetrável? Nada que uma pistola apontada para a família do responsável pela segurança não resolva. A presa usa um moderno carro blindado para ir e vir do condomínio? É só esperar o momento em que ela tenha que sair de dentro dele e então abra a caríssima blindagem que instalou para dar de cara com uma pistola apontada para ela. Afinal, em alguma hora ela vai ter que sair do carro.

É só ler nos jornais a já extensa relação de condomínios assaltados, em arrastões que subindo andar por andar ou indo de casa em casa, fazem o caixa dos bandidos com jóias, dólares e carros de luxo, levados para algum desmanche ou para um novo e feliz dono em países vizinhos.

Com a iniquidade social e política que foi cultivada ao longo dos últimos anos, verdadeira máquina de criar bandidos, os condôminos de luxo podem apenas esperar o dia em que isso vai acontecer.

Seria uma boa idéia se passassem a viver em casas mais modestas, andando num confortável e simples carro usado, sem ostentações. Além de economizarem um bom dinheiro em equipamentos de segurança e blindagens, passariam a cultivar uma boa vizinhança, redescobrindo até o prazer de irem até a padaria todo dia.

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O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)