A vida só tem um sentido, e o único sentido que a vida tem é quando investimos nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa, a luta do coletivo. Esta é a lida do Promotor de Justiça: lutar pela construção contínua da cidadania e da justiça social. O compromisso primordial do Ministério Público é a transformação, com justiça, da realidade social.



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21 de janeiro de 2009

Pobreza, Violência e Desemprego


O jornal Los Angeles Times publicou um estudo interessante que analisa a ligação da pobreza e desemprego com a violência.

De acordo com o jornal o índice de criminalidade diminuiu pelo sexto ano consecutivo na cidade de Los Angeles, mesmo com o alto índice de desemprego provocado pela crise financeira.

Em síntese, descobriram que nem sempre a violência aumenta quando as pessoas ficam mais pobres. Aumenta sim quando a população fica mais jovem e/ou consome mais drogas. E a existência de gangues contribui diretamente para isso.

Podemos trazer esses dados para o Brasil. Os pobres são os que mais pagam em dia, basta ver o suce$$o das Casas Bahia, empresa que se tornou a maior anunciante do país com investimento anual de mais de 500 milhões em publicidade vendendo majoritariamente para as classes menos favorecidas. Agora o perfil mudou e abocanha também a classe B com suas TVs de LCD, Notebooks, etc.

Lembro de um estudo que fizeram há mais de 10 anos no Jardim Ângela, bairro da periferia de São Paulo, que apontava a existência de 1 bar para cada 15 moradores. E o resultado de álcool e drogas não poderia ser outro senão assassinatos. Muitos assassinatos.

Em nossa realidade onde a polícia não é respeitada — muitas vezes por não se dar ao respeito — e é desmotivada já que o policial arrisca a vida para prender um traficante que dias depois é solto pelas brechas da lei, fora o salário nada digno, contribui para que nas favelas, chamadas de comunidades, muitos traficantes e milícias tomem para si o poder e a obrigação que deveriam ser do Estado. Dão uma falsa segurança, fazem gatos de energia elétrica e TV à cabo e se tornam ídolos das crianças, futuros sucessores.

Educação e a presença real e decente do Estado, utilizando o trilhão de reais em impostos que pagamos é o único caminho para que vivamos num lugar melhor. Mas para isso, é nossa obrigação escolher melhor quem vai gastar essa grana toda.


Fonte - Curiosando

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Você sabia?

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Paradigma

O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)