A vida só tem um sentido, e o único sentido que a vida tem é quando investimos nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa, a luta do coletivo. Esta é a lida do Promotor de Justiça: lutar pela construção contínua da cidadania e da justiça social. O compromisso primordial do Ministério Público é a transformação, com justiça, da realidade social.



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22 de dezembro de 2008

Torcedício

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Um comentário:

Anônimo disse...

Lamentável sob todos os aspectos a morte do torcedor são-paulino. O despreparo do sargento da PM que o perseguiu com a arma engatilhada resultou numa tragédia.

Mas deve-se notar uma coisa: os maiores culpados pela violência que assola os estádios são os próprios torcedores.

Hoje em dia o que é comum quando passa um ônibus cheio de torcedores de algum grande time de São Paulo, seja ele qual for? Berros, gritos, palavrões, ofensas a quem está na calçada e todos os tipos de bebidas sendo consumidas pelos torcedores.

Quem passava pelo chamado centrão de São Paulo em épocas de jogos decisivos dos grandes times via desde cedo torcidas rivais em grupos, uma num quarteirão, outra mais à frente, se embebedando e ofendendo os transeuntes. E quem podia fazer alguma coisa ou esboçar alguma reação? Ninguém. Portanto o sargento pode ter errado, esse torcedor pode ter sido vítima inocente de uma situação infeliz, mas a culpa maior cabe a essas verdadeiras tribos selvagens de torcedores, pelo clima de violência que criam.

Uma vez, no centro de São Paulo, eu e um amigo víamos a passagem de vários ônibus que voltavam de um estádio, lotados de torcedores. Bêbados, xingando todo mundo, nos arremessaram um pedra que por pouco não nos acertou. E o que tínhamos feito? Nada, a não ser estar na calçada olhando. Dentro víamos verdadeiros animais urrando, pulando e depredando o ônibus e o motorista praticamente encolhido de medo, dirigindo como podia.

Verdade que o sargento da PM errou pelo fato de empunhar a arma naquela situação, que poderia feri-lo ou a outra pessoa até mesmo num momento em que nenhuma perseguição houvesse.

Mas o fato é que torcedores se agrupam, bebem sem parar e aí começam a aprontar todo tipo de violências e depredações. Quem não se lembra da cena de um torcedor sendo perseguido e mortalmente agredido por outro torcedor há coisa de poucos anos atrás? De forma premeditada, calculada ele foi espancado até a morte dentro do campo, invadido pelos torcedores dos dois times.

O sargento errou? Sim, vê-se na filmagem da cena que ele bateu no torcedor e a arma disparou acidentalmente. Um triste acidente com um policial pouco preparado para o uso da arma.

E se os torcedores se portassem de forma correta? Animados, fazendo um coro de incentivo e se dirigindo de forma ordeira para o estádio? O sargento teria entrando num confronto? Claro que não.

Quanto aos torcedores, eles não bebem sem querer, não xingam as pessoas sem querer, não depredam tudo que encontram pela frente sem querer. Fazem isso de livre e espontânea vontade porque é divertido para eles e a massa de torcedores garante uma grande chance de impunidade no caso de serem perseguidos na base do salve-se quem puder, pois quem correr mais escapa da polícia, mesmo que o preso seja o mais inocente dos torcedores.

O certo é que uma repressão de extrema força teria sim esse resultado. Aos poucos os torcedores veriam que ganharia a torcida que fosse para os estádios de forma animada, incentivando seu time, mas dentro dos limites do que é chamado civilidade e comportamento decente. Ganharia a alegria de ir, tocer pelo seu time e voltar sem problemas.

Já os metidos a selvagens seriam em pouco tempo reprimidos com tal força e de forma tão dolorida, não só pela polícia como pela justiça, que tal qual as antigas tribos de selvagens, seriam condenados a desaparecer.

E quem iria lamentar?

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O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)