A vida só tem um sentido, e o único sentido que a vida tem é quando investimos nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa, a luta do coletivo. Esta é a lida do Promotor de Justiça: lutar pela construção contínua da cidadania e da justiça social. O compromisso primordial do Ministério Público é a transformação, com justiça, da realidade social.



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28 de outubro de 2008

Resumo de tudo

Os portugueses se horrizaram ao saber que os índios matavam as pessoas e as comiam. Os índios se horrorizaram ao saber que os portugueses matavam as pessoas e não as comiam. Tudo depende do ponto de vista. Mais...

Fonte: Ceó Pontual

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Ainda, como diz o grande teólogo catarinense Leonardo Boff: "Um ponto de vista é a vista a partir de um ponto."

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Tão certo é que a paisagem depende do ponto de vista, e que o melhor modo de apreciar o chicote é ter-lhe o cabo na mão. (Machado de Assis - capítulo XVIII, Quincas Borba, 1891).

Um comentário:

Anônimo disse...

Um antigo seriado chamado "Além da Imaginação" onde os mais insólitos acontecimentos de ficção ocorriam pode nos ajudar a imaginar melhor tudo isso.

Imaginemos que num acontecimento semelhante, depois de horrorizados com suas diferenças de atitudes, portugueses e índios se vissem subitamente transportados para as margens do lago Paranoá em Brasília. Ora, uma vez refeitos do susto começariam a perambular pela cidade vendo o Brasil moderno.

E índios e portugueses ficariam horrorizados ao descobrirem que algemas existem mas presos perigosos e corruptos milionários não podem ser algemados. Que assassinos confessos depois de julgados e condenados saem livres pela porta da frente do tribunal. Que sistemas de saúde existem mas os que deveriam ser assistidos morrem na porta dos hospitais públicos.

Já sem coragem de ver mais coisas do novo mundo e apavorados por terem parado na porta do que os habitantes do futuro chamam de supremo tribunal, antes de tomarem outro susto pavoroso, os índios e portugueses com os cabelos e penas de seus cocares arrepiados de susto, dariam um jeito de voltar para a praia dos primeiros tempos do Brasil.

E depois de voltarem 500 anos no tempo, índios de tanga de um lado e portugueses em roupas rústicas do outro, aliviados, tratariam de voltar a acertar suas diferenças com a certeza de que estariam afinal, de volta a um mundo mais civilizado.

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O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)