A vida só tem um sentido, e o único sentido que a vida tem é quando investimos nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa, a luta do coletivo. Esta é a lida do Promotor de Justiça: lutar pela construção contínua da cidadania e da justiça social. O compromisso primordial do Ministério Público é a transformação, com justiça, da realidade social.



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2 de setembro de 2008

Quem tem medo de "grampo"?


Autoridades não querem mais contar segredo ao telefone e já reagem desconfiadas quando ouvem qualquer ruído durante conversa ao aparelhinho. Após o "escândalo do grampo" afastar a cúpula da ABIN, membros dos Três Poderes da República evitam o telefone.

(Advogado do Diabo): Por que tanto medo?

Como disse o DPF Fernando Francischini: qual o problema ouvir um bom dia da esposa! Os filhos relatando notas da faculdade! Um amigo convidando para uma pescaria! Colegas de profissão discutindo interesses públicos! Essa é a intimidade violada que majora a importância da discussão sobre interceptação telefônica em detrimento do combate à corrupção e ao tráfico de influência nos poderes constituídos.

É o direito à privacidade sendo violado - resposta legítima, já que vivemos num Estado Constitucional.

(Advogado do Diabo): Mas, caro leitor - agente público -, você tem medo de "grampo"?

(Advogado do Diabo): Uma coisa é provável, a lógica dita que o medo de grampo provém do fato de algumas autoridades se valerem do aparelho de Graham Bell como escudo para a prática de delitos...

5 comentários:

Anônimo disse...

É verdade, por que o Gilmar Mendes tem tanto medo, a ponto de levá-lo ao desequilíbrio?

Anônimo disse...

Não se pode banalizar. Do contrário, não teremos mais direitos. Todo cuidado é pouco.

Anônimo disse...

A revista Veja, com sua reportagem fundada nos termos "supõe-se", "supostamente" e "fontes bem informadas" mostra aos leitores o que é o jornalismo de aluguel, tradicional no Brasil. Mostra uma insípida e morna conversa "supostamente" gravada por um "suposto" agente da Abin, anônimo claro. Ao confirmarem a reportagem, o juiz Gilmar, já mal visto pela nação inteira e o senador Demóstenes Torres ficam na posição de acusarem e deixarem ao acusado o ônus da prova. Onde está a santa presunção de inocência com a qual o juiz Gilmar Mendes brindou Daniel Dantas? Só a Abin que é culpada sem maiores investigações? Daniel Dantas merece toda a sua proteção, enquanto que Paulo Lacerda merece sua condenação antecipada? E do seu lado, um senador que já agita os amigos no congresso para votarem leis que permitam aos meliantes e corruptos tramarem à vontade pelo telefone seus assaltos contra o Brasil, tudo baseado na palavra de um "suposto" agente, com uma suposta" gravação, feita "supostamente" sem o conhecimento dos dois interlocutores. Podemos "supor" que não sabiam mesmo que estavam sendo gravados?

Anônimo disse...

Grampo ilegal: interesse de todos
Um dia grampearam ilegalmente meu vizinho que era comunista. Como não sou de esquerda, não me incomodei.
No dia seguinte, grampearam meu outro vizinho magistrado. Como não sou juiz, não me incomodei.
No terceiro dia grampearam meu vizinho jornalista. Como não sou jornalista, não me incomodei.
No quarto dia, me grampearam, estuprando a minha privacidade; já não havia mais ninguém para reclamar... www.claudiohumberto.com.br

Anônimo disse...

já tive meu telefone com escuta telefonica por causa do ex-namorado da minha irmã...Gente, é horrível isso...O cara depois ficou brincando falando da minha conversar íntima com meu namorado. ESsa é a questão.

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O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)