A vida só tem um sentido, e o único sentido que a vida tem é quando investimos nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa, a luta do coletivo. Esta é a lida do Promotor de Justiça: lutar pela construção contínua da cidadania e da justiça social. O compromisso primordial do Ministério Público é a transformação, com justiça, da realidade social.



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17 de junho de 2011

A mente do traficante



"Quem passa a comercializar drogas vai, aos poucos, tornando-se cada vez mais frio de ânimo e insensível ao sofrimento do usuário, do dependente e de seus familiares. Costuma, de modo espúrio, escuso, “prosperar” e, visando o lucro, rege-se tão-só pela “intenção lucrativa”, pelos ganhos. Não raro, além de vender e de comprar, pode até roubar e mesmo matar, sequestrar, para satisfazer o desejo de lucro, de ganho perverso. Bem se sabe, tristemente, que as drogas constituem verdadeira pandemia que varre o mundo da juventude. E assim, o traficante faz fortuna à custa da desgraça e do sofrimento alheios. Por isso mesmo, é desprovido de sentimentos superiores como o dó, a compaixão, a honestidade, o remorso, a consciência moral, pois, o traficante é “disposicionalmente” frio de ânimo, aético, perverso, desalmado."

Por Renato Posterli, Psiquiatra, Professor de Medicina Legal e Psiquiatria Forense na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, tem várias obras publicadas, entre elas, “Aspectos da psicopatologia forense aplicada”.

Fonte: Revista Fato Típico, Ano III, n. 7, Abril-Junho/2011 - Procuradoria da República em Goiás.

2 comentários:

Anônimo disse...

Drogas, armas,tráfico humano! Esta situação produz guerras, mortes, pobreza, infelicidade! A humanidade é a grande órfã!

Vellker disse...

Além de todas as péssimas qualidades elencadas pelo professor que redigiu o texto, devemos notar que os traficantes agora descobriram a manifestação pública como boa forma de aumentar seus lucros.

Apesar de pública, nem de longe representa o que se anuncia como marcha pela liberação da maconha como desejo da opinião pública. Haja visto que só a menção de que seus filhos possam estar sendo expostos apenas à visão do consumo de drogas, leva pais a uma reação até mesmo violenta contra qualquer viciado que venha a rondar seus filhos com o apelido de "amigo".

Contando com uma legião de dependentes que podem ser bem pagos com mais uma boa dose de drogas, foram aos poucos os traficantes, nos bastidores, organizando essa malfadada marcha que se anuncia para os próximos dias.

Defendendo tudo o que destrua a personalidade, a capacidade de julgamento e comportamento, apoiando de forma velada traficantes que só troxeram destruição, morte e degeneração entre os viciados e a sociedade, vão esses mesmos viciados, em troca de mais uma dose das drogas que consomem, promoverem o lucrativo mercado dos traficantes, que não podendo aparecer em público, mandam seus fregueses, bem protegidos pela lei que ajudaram a votar, que considera que mesmo pegos com drogas nos bolsos, digam que é "apenas para uso pessoal" para se verem livres de qualquer prisão.

Contando até com a ajuda de um um ex-presidente que na ânsia de aparecer para a mídia, defende também a liberação de drogas e mais à frente com uma multidão de viciados para seus propósitos, descobriram também os traficantes, que além da perversidade e premeditação de destruir o ser humano, o marketing também é bem apropriado para seus negócios.

A tudo isso assiste uma corte de juízes que se dizem os mais mais altos da nação, sem esboçar um protesto que seja. Durante anos aprenderam em suas tribunas e discursos, a mais refinada arte da oratória e da eloquência e num dos momentos mais tristes da nação, silenciam completamente.

Foram-se os tempos em que os traficantes usavam apenas a perversidade e a mais completa insensibilidade pelo destino de suas vítimas para alcançarem seus objetivos.

Um teatro de marionetes também é muito útil.

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O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)