A vida só tem um sentido, e o único sentido que a vida tem é quando investimos nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa, a luta do coletivo. Esta é a lida do Promotor de Justiça: lutar pela construção contínua da cidadania e da justiça social. O compromisso primordial do Ministério Público é a transformação, com justiça, da realidade social.



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19 de junho de 2010

José Saramago


Único prêmio Nobel de Literatura da língua portuguesa, José Saramago morreu em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, na sexta-feira 18, aos 87 anos. Foi cronista, poeta, contista, dramaturgo, jornalista – mas consagrou-se no romance, gênero que exerceu com fôlego enciclopédico. Seus temas incluíram a revisão histórica (Memorial do Convento, História do Cerco de Lisboa), tributos a personalidades literárias (O Ano da Morte de Ricardo Reis) e alegorias críticas da condição moderna (Ensaio sobre a Cegueira). A carreira do escritor português foi marcada pela polêmica, sobretudo com a Igreja – ateu e comunista militante, ele fez provocações com a religião em O Evangelho segundo Jesus Cristo e em Caim, seu último livro.

Nascido na aldeia de Azinhaga, em 1922, Saramago teve uma infância pobre e nunca frequentou uma universidade. Estreou com o romance Terra do Pecado, em 1947, mas depois passou quase vinte anos sem publicar. Sua consagração, tardia, deu-se sobretudo a partir de Levantado do Chão, de 1980. Agraciado com o Nobel em 1998, Saramago é dos poucos autores contemporâneos em língua portuguesa que conseguiram cristalizar um estilo particular e inconfundível. Ao lado da criação literária, manteve-se sempre ativo, e equivocado, na política. Embora tenha feito críticas insignificantes a execuções de opositores em Cuba, declarava-se um "amigo" da ditadura dos irmãos Castro. Saramago morreu tranquilamente, em sua casa, na Espanha, vítima de complicações pulmonares. Nos países cujos regimes ele defendia, nenhum escritor que ousou discordar teve o luxo de uma morte tranquila.

Via Revista Veja (Edição n. 2170)

Obs.: Clique aqui e assista interessante entrevista concedida para Edney Silvestre em 2007 - Globonews.

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Paradigma

O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)