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15 de abril de 2010
O MP e as atividades políticas

Atuação

Você sabia?

Principais Textos do Editor
- 01. Boas Vindas!
- 02. Direito Penal da Sociedade
- 03. MP e Investigação Criminal
- 04. Hermenêutica Penal Social
- 05. Promotor Radical
- 06. Artigo 478 do CPP
- 07. Hermenêutica Jurídica e Ponto Crítico
- 08. Cavalete e Propaganda Eleitoral
- 09. Voto de Cabresto
- 10. 20 anos do novo MP
- 11. Injeção de Ânimo
- 12. Discricionariedade e Dever de Escolher Bem
- 13. Sigilo das Votações
- 14. O futuro do MP
- 15. Postura
- 16. Quer passar raiva?
- 17. Droga e Sociedade
- 18. Diálogo de Instituições
- 19. Apartes
- 20. Art. 244-A ECA e STJ
- 21. Entrevista I
- 22. Entrevista II
- 23. Desistência Voluntária e Tentativa de Homicídio
- 24. Ataque à Sociedade
- 25. O Promotor do Júri
- 26. Questão de Escolha
- 27. Homicídio Emocional
- 28. Blog
- 29. Privatização do Poder
- 30. Júri e Livros
- 31. Concurso e Livros
- 32. Cartilha do Jurado
- 33. Desaforamento Interestadual
- 34. Homicídio Gratuito
- 35. "Habeas Vita"
- 36. Artigo 380 do Anteprojeto do CPP
- 37. (In)justiça?
- 38. Injustiça Qualificada
- 39. Súmula 455 do STJ: Cavalo de Tróia
- 40. Simulacro de Justiça
- 41. Atuação no Júri
- 42. Discurso Apocalíptico
- 43. Novos mandatos, novos símbolos
- 44. Homicídio e Legítima Defesa
- 45. Justiça Social
- 46. Prova Policial e Júri
- 47. A vontade de matar
- 48. Cidadania concreta
- 49. Síndrome de Estocolmo
- 51. Violência
- 52. A mentira do acusado
- 53. Vítima indefesa
- 54. Jurado absolve o acusado?
- 55. Dia Nacional do MP
- 56. Caso Eloá
- 57. A Defesa da Vida no Júri
- 58. Feminicídio
- 59. PEC 37: Anel de Giges
- 60. Em defesa do MP
- 61. O futuro do presente
- 62. Cui bono?
- 63. Tréplica no Júri
- 64. Mercantilização da Vida
- 65. Democracia no Judiciário
- 66. Estelionato Legislativo
- 67. Princípios do Júri
- 68. Locução adverbial no homicídio
- 69. Discurso no Júri
- 70. Júri e Pena Imediata
- 71. Síndrome do Piu-Piu
- 72. A defesa no Júri
- 73. A metáfora do Júri
- 74. Soberania ou Soberba?
- 75. Pena Imediata no Júri
- 76. Sete Pessoas
- 77. Juiz Presidente
- 78. In dubio pro vita
- 79. Proteja o MP
- 80. Soberania do Júri e Prisão
- 81. Efeito Borboleta
- 82. Júri e Execução Penal
- 83. Prova Indiciária no Júri
- 84. Liberdade de Expressão
- 85. O porquê da punição
- 86. Soberania dos Veredictos
- 87. Absolvição por Clemência
- 88. Julgamento Soberano
- 89. Mordaça Legislativa
- 90. Confissão Qualificada
- 91. Marco Quantitativo Inconstitucional
- 92. Ataque Imprevisto
- 93. Júri na Pandemia
- 94. Desejo de Matar
- 95. Direitos do Assassino
- 96. Vítimas no Júri
- 97. Desinformação
- 98. Dever Fundamental
- 99. Protagonista do Júri
- 990. Necro-hermenêutica
- 991. Salve Vidas
- 992. Dever Fundamental
- 993. Transferência de Culpa
- 994. Controle de Civilizacionalidade
- 995. Injustiça do Jurado
- 996. Defesa do Júri
- 998. Homicídio Brutal
- 999. Veredictos Pós-pandemia
Paradigma
O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)
Releitura
- 01. Boas Vindas
- 02. MP Perdido
- 03. MP Social
- 04. Prova Ilícita
- 05. Vítima
- 06. "Justiça"
- 07. Janela Quebrada
- 08. Suplício
- 09. Uma Tese
- 10. Hermenêutica Penal Social
- 11. Fiscalização da Prefeitura
- 12. Improbidade e Agente Político
- 13. Co-Governança
- 14. Cursar Direito?
- 15. Judiciário
- 16. Ética dos Morangos
- 17. Chega de Excelências
- 18. Crime e Corrupção
- 19. Carta da Vítima
- 20. Mordaça ao MP
- 21. Exemplo
- 22. Intelectuais e Criminosos
- 23. Defensoria e ACP
- 24. Função do Judiciário
- 25. País do faz-de-conta
- 26. MP pode investigar?
- 27. O Brasil é para profissionais
- 28. Direito de Fugir?
- 29. Agenda Oculta
- 30. Justiça e Arte
- 31. Política e Jardim
- 32. Perguntas
- 33. Ressocialização?
- 34. Carta ao Jovem Promotor
- 35. Duas Sentenças
- 36. Brevidade
- 37. Rui Barbosa
- 38. Antes e Depois de Dantas
- 39. Art. 478 CPP
- 40. Hermenêutica e Ponto Crítico
- 41. Promotor Radical
- 42. Voz do Leitor
- 43. Direitos Fundamentais e Impunidade
- 44. Garantismo Penal
- 45. 20 anos do MP
- 46. Juizite ou Promotorite...
- 47. Homem vs. Animal
- 48. MP ou Magistratura?
- 49. Missionário
- 50. Presunção de Inocência
- 51. Katchanga
- 52. Futuro do MP
- 53. Oração
- 54. Transgressões
- 55. Membros do MP
- 56. Conhecendo o MP
- 57. Réu Eterno
- 58. Membro do MP
- 59. MP Criminal (Mougenot)
- 60. O Brasil Prende Demais?
2 comentários:
Com mais essa pretensão dos membros do Ministério Público, a população que ainda acompanha as voltas políticas e jurídicas do Brasil, deixa de acreditar completamente nas instituições que temos hoje.
O cidadão brasileiro apenas convive com o modo de atuar dos três poderes que temos hoje sendo forçado a isso pelas circunstâncias, um mal infelizmente presente em todos os caminhos da vida nacional, o que espelha a total descrença do povo nessa estrutura de poder e a sua absoluta indiferença a algum acontecimento traumático que venha a colocá-los em pedaços no chão. Aliás em conversa com o cidadão comum, vemos que hoje esse é um sentimento até acalentado pelo povo.
Não estão alguns membros do poder alertando que a democracia corre perigo? Não corre. A democracia como a entendemos nos melhores estudos políticos, essa já acabou faz muito tempo. O que existe é uma encenação de democracia que apenas é proveitosa aos ricos e poderosos, não importa de onde venham o poder ou a riqueza.
No meio dessa briga por poder, em tudo e por tudo poder e só poder com um pensamento medieval que apenas reforça a visão do judiciário como uma espécie de latifúndio jurídico, propriedade dos modernos coronéis de direito, vem agora o Ministério Público com essa pretensão que nada mais é que a de cimentar a idéia de além de já terem todos os poderes dados pela infeliz constituição de 1988, passarem também a formar um grupo de legisladores que vai fazer uma só coisa: legislar em causa própria, enfeixando tantos poderes num só grupo que em pouco tempo até o presidente da república terá de pedir permissão aos membros do judiciário para entrar em seu gabinete.
A par disso, fica qualquer estrangeiro abismado com a pretensão da Polícia federal em querer que seu diretor tenha os mesmos poderes de um ministro de estado, que tenham autonomia para fazerem o que bem entenderem em termos de administração, investigação, prisão, que já sabemos, irá a favor da corporação e contra a nação. Não é novidade no Brasil. A Polícia Federal apenas segue o exemplo dado pelos três poderes. Logo estarão assim até mesmo sentenciando qualquer cidadão no ato da prisão. Pouca diferença existirá da polícia da antiga União Soviética. Digo que isso assusta qualquer observador estrangeiro porque ao brasileiro já é o dia a dia que vive.
Independente da vergonhosa atuação do deputado Paulo Maluf, com os constatados abusos dos membros do Ministério Público ao longo dos anos dessa encenação chamada de democracia brasileira, vê-se que os dois apenas tem posições diferentes mas caminham na mesma direção.
Sinais tem sido emitidos numa espécie de advertência. Em 31 de março de 2009 as Forças Armadas fizeram uma celebração lembrando a Revolução de 1964. Em 02 de abril de 2010, numa entrevista que balançou os auto-denominados "heróis da democracia" o General Leônidas Pires Gonçalves colocou abaixo as reputações de muitos antigos esquerdistas. Em ambos os casos a imprensa procurou ocultar tudo com uma névoa de silêncio.
O que transparece disso tudo é que, percebendo a seguida degradação da nação, como instituição com sua própria legitimidade em crescente descrença até no exterior e vendo a briga de grupos e corporações pelo poder em que se degradou a vida política nacional e que a cada dia se agrava, uma força maior não deixa de dar avisos para que ao menos as instituições de hoje façam um esforço para serem realmente instituições honestas e mais que isso, civilizadas.
Porém a palavra civilização parece andar longe dessas corporações. Se preferem assim, que fazer?
Apenas descobrir num futuro próximo, que no fim das contas é melhor um ditador esclarecido e enérgico em suas diretrizes do que uma democracia de boteco e caída na sarjeta.
Que comentário pesado. Quem iniciou a leitura achava que iria criticar apenas o MP, mas depois apareceu a PF e depois os outros podederes constituídos.Entendo até o pensamento do autor, mas acho que, de certa forma, generalizou. Acho que pecou neste ponto.
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