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1 de julho de 2009
Atuação

Você sabia?

Principais Textos do Editor
- 01. Boas Vindas!
- 02. Direito Penal da Sociedade
- 03. MP e Investigação Criminal
- 04. Hermenêutica Penal Social
- 05. Promotor Radical
- 06. Artigo 478 do CPP
- 07. Hermenêutica Jurídica e Ponto Crítico
- 08. Cavalete e Propaganda Eleitoral
- 09. Voto de Cabresto
- 10. 20 anos do novo MP
- 11. Injeção de Ânimo
- 12. Discricionariedade e Dever de Escolher Bem
- 13. Sigilo das Votações
- 14. O futuro do MP
- 15. Postura
- 16. Quer passar raiva?
- 17. Droga e Sociedade
- 18. Diálogo de Instituições
- 19. Apartes
- 20. Art. 244-A ECA e STJ
- 21. Entrevista I
- 22. Entrevista II
- 23. Desistência Voluntária e Tentativa de Homicídio
- 24. Ataque à Sociedade
- 25. O Promotor do Júri
- 26. Questão de Escolha
- 27. Homicídio Emocional
- 28. Blog
- 29. Privatização do Poder
- 30. Júri e Livros
- 31. Concurso e Livros
- 32. Cartilha do Jurado
- 33. Desaforamento Interestadual
- 34. Homicídio Gratuito
- 35. "Habeas Vita"
- 36. Artigo 380 do Anteprojeto do CPP
- 37. (In)justiça?
- 38. Injustiça Qualificada
- 39. Súmula 455 do STJ: Cavalo de Tróia
- 40. Simulacro de Justiça
- 41. Atuação no Júri
- 42. Discurso Apocalíptico
- 43. Novos mandatos, novos símbolos
- 44. Homicídio e Legítima Defesa
- 45. Justiça Social
- 46. Prova Policial e Júri
- 47. A vontade de matar
- 48. Cidadania concreta
- 49. Síndrome de Estocolmo
- 51. Violência
- 52. A mentira do acusado
- 53. Vítima indefesa
- 54. Jurado absolve o acusado?
- 55. Dia Nacional do MP
- 56. Caso Eloá
- 57. A Defesa da Vida no Júri
- 58. Feminicídio
- 59. PEC 37: Anel de Giges
- 60. Em defesa do MP
- 61. O futuro do presente
- 62. Cui bono?
- 63. Tréplica no Júri
- 64. Mercantilização da Vida
- 65. Democracia no Judiciário
- 66. Estelionato Legislativo
- 67. Princípios do Júri
- 68. Locução adverbial no homicídio
- 69. Discurso no Júri
- 70. Júri e Pena Imediata
- 71. Síndrome do Piu-Piu
- 72. A defesa no Júri
- 73. A metáfora do Júri
- 74. Soberania ou Soberba?
- 75. Pena Imediata no Júri
- 76. Sete Pessoas
- 77. Juiz Presidente
- 78. In dubio pro vita
- 79. Proteja o MP
- 80. Soberania do Júri e Prisão
- 81. Efeito Borboleta
- 82. Júri e Execução Penal
- 83. Prova Indiciária no Júri
- 84. Liberdade de Expressão
- 85. O porquê da punição
- 86. Soberania dos Veredictos
- 87. Absolvição por Clemência
- 88. Julgamento Soberano
- 89. Mordaça Legislativa
- 90. Confissão Qualificada
- 91. Marco Quantitativo Inconstitucional
- 92. Ataque Imprevisto
- 93. Júri na Pandemia
- 94. Desejo de Matar
- 95. Direitos do Assassino
- 96. Vítimas no Júri
- 97. Desinformação
- 98. Dever Fundamental
- 99. Protagonista do Júri
- 990. Necro-hermenêutica
- 991. Salve Vidas
- 992. Dever Fundamental
- 993. Transferência de Culpa
- 994. Controle de Civilizacionalidade
- 995. Injustiça do Jurado
- 996. Defesa do Júri
- 998. Homicídio Brutal
- 999. Veredictos Pós-pandemia
Paradigma
O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)
Releitura
- 01. Boas Vindas
- 02. MP Perdido
- 03. MP Social
- 04. Prova Ilícita
- 05. Vítima
- 06. "Justiça"
- 07. Janela Quebrada
- 08. Suplício
- 09. Uma Tese
- 10. Hermenêutica Penal Social
- 11. Fiscalização da Prefeitura
- 12. Improbidade e Agente Político
- 13. Co-Governança
- 14. Cursar Direito?
- 15. Judiciário
- 16. Ética dos Morangos
- 17. Chega de Excelências
- 18. Crime e Corrupção
- 19. Carta da Vítima
- 20. Mordaça ao MP
- 21. Exemplo
- 22. Intelectuais e Criminosos
- 23. Defensoria e ACP
- 24. Função do Judiciário
- 25. País do faz-de-conta
- 26. MP pode investigar?
- 27. O Brasil é para profissionais
- 28. Direito de Fugir?
- 29. Agenda Oculta
- 30. Justiça e Arte
- 31. Política e Jardim
- 32. Perguntas
- 33. Ressocialização?
- 34. Carta ao Jovem Promotor
- 35. Duas Sentenças
- 36. Brevidade
- 37. Rui Barbosa
- 38. Antes e Depois de Dantas
- 39. Art. 478 CPP
- 40. Hermenêutica e Ponto Crítico
- 41. Promotor Radical
- 42. Voz do Leitor
- 43. Direitos Fundamentais e Impunidade
- 44. Garantismo Penal
- 45. 20 anos do MP
- 46. Juizite ou Promotorite...
- 47. Homem vs. Animal
- 48. MP ou Magistratura?
- 49. Missionário
- 50. Presunção de Inocência
- 51. Katchanga
- 52. Futuro do MP
- 53. Oração
- 54. Transgressões
- 55. Membros do MP
- 56. Conhecendo o MP
- 57. Réu Eterno
- 58. Membro do MP
- 59. MP Criminal (Mougenot)
- 60. O Brasil Prende Demais?
Um comentário:
Um bem elaborado distintivo, que apesar de expressar de uma forma pesada o que hoje ocorre numa das instituições mais importantes da nação brasileira, é simplesmente irretocável, no que tange à demonstração do sentimento dos brasileiros em relação ao que deveria ser a assembléia maior do nosso país e que hoje, de forma merecida, recebe tais adjetivos e símbolos.
Talvez o exame da palavra senado, dos tempos da Roma antiga nos deixe mais esclarecidos com essa demonstração de repúdio ao que hoje acontece lá.
A palavra senado vem do latim senex, que designa homens mais velhos e anciãos, que com suas experiências de vida eram os encarregado de elaborarem leis para o bem dos cidadãos e ao mesmo tempo fiscalizavam o poder do imperador. Devemos lembrar que na Roma antiga, muitos dos senadores tinham participado de batalhas memoráveis, pondo à prova seu caráter e sua lealdade a essa Roma que veio a se tornar uma das primeiras luzes que guiaram o mundo até a civilização de hoje.
Um dos mais iluminados imperadores da época era Marco Aurélio, que nos legou um livro de memórias e observações, chamado "Meditações". Apesar de escrito para a época, contém conselhos e reflexões que transcedem o tempo e servem como guia para quem queira ter uma atitude correta e decente, tanto na vida pessoal como na vida política. Marco Aurélio também participou de batalhas onde pôs não só sua vida, mas também seu caráter e coragem à prova e ainda encontrou tempo para deixar para a posteridade a sua visão do mundo.
Assim podemos de uma forma mais clara entender o emblema acima, que aparece de forma perfeita para designar o que hoje se tornou o senado brasileiro, um verdadeiro bordel político, onde os senadores, em atos de explicíta prostituição política, guiam-se somente pela falta de caráter, pelo clientelismo mais baixo, pelos atos secretos nomeando apaniguados e cumplíces e acima, ou melhor dizendo, abaixo de tudo, trilham o caminho da covardia política, com seus discursos a favor dos delinqüentes políticos pegos em flagrante.
Chega a ser nauseante ver uma senadora petista fazendo discursos de elogio a um dos mais comprometidos senadores com toda essa profusão de imoralidades e fraudes, mas que pelas alianças com o imperador, podemos falar assim, tem que ser defendido seja como for.
Escrúpulos, consciência de nação, de elaborar leis que defendam o cidadão e a nação, tudo isso foi premeditadamente jogado no lixo por décadas nessa casa, que hoje é a raiz de todos os males da nossa nação.
Os tímidos e farsescos discursos de "defesa da moralidade, "defesa da figura histórica" e coisas do tipo mostram apenas o quanto nossos senadores acostumaram-se com tudo o que é ilícito e imoral, mas para justificarem essas coisas, fazem leis, cujo texto diz o contrário de todas essas atitudes.
O imperador romano Marco Aurélio deixou um livro chamado "Meditações" onde discorre sobre os deveres pessoais e políticos mais nobres de um cidadão, que serviu o romano antigo e serve também para o brasileiro dos dias de hoje.
Menos para os que hoje ocupam o senado do Brasil, completamente avessos a idéias que exaltem a coragem pessoal, a dignidade, a coragem de denunciar o que é errado, a lealdade à sua nação e até mesmo a coragem física de enfrentar uma luta de morte em defesa de tudo o que é correto, pois hoje, no senado nacional, impera a covardia e a busca pelo lucro e pelo prestígio entre seus pares, sempre em busca de mais lucros e sempre às custas do povo brasileiro.
Marco Aurélio, com sua marcante figura, ampara uma das denúncias mais lúcidas e corajosas contra toda essa baixeza que de forma desprezível, insiste ainda em denominar-se como "senado" quando na verdade não passa de uma casa orgias políticas.
Parabéns ao criador da figura que realmente distingue o que entendemos como senado na melhor acepção do nome, do amontoado de delinqüentes políticos que temos hoje, fazendo discursos carregados de hipocrisia e louvações a nulidades morais.
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