A vida só tem um sentido, e o único sentido que a vida tem é quando investimos nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa, a luta do coletivo. Esta é a lida do Promotor de Justiça: lutar pela construção contínua da cidadania e da justiça social. O compromisso primordial do Ministério Público é a transformação, com justiça, da realidade social.



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24 de novembro de 2008

Campanha Nacional


CANGURISMO NUNCA MAIS!

Canguru – vem de um idioma australiano e significa não sei. Uma das características do animal é dar saltos espetaculares (cf. Aurélio).

Cangurismo – ocorre quando um promotor de justiça é promovido dando um salto desrespeitoso sobre colegas com igual ou maior merecimento que ele. É uma variação do nepotismo, para beneficiar parentes ou afilhados políticos.

Cangurulheiro – é o Conselheiro [membro do Conselheiro Superior do Ministério Público] que cria o promotor de justiça canguru. Costuma usar óleo de peroba, pois nas eleições para o Conselho se apresenta com falso discurso de igualdade.

Caguruzite – doença que faz um promotor de justiça acreditar que tem direito divino de passar a perna nos seus colegas promotores.

Cangurufobia – sentimento de repulsa ao cangurismo. Sustenta a extinção completa desse sistema nepótico.

Cangurufilia – sentimento doentio de simpatia pelo cangurismo. Defende um canguru, com segundas intenções, a de ser agraciado por este e por seu cangurulheiro.

Cangurugonha – é a vergonhosa combinação prévia, ou a reunião feita por cangurulheiros, para definir o canguru da vez.

Na origem, a palavra canguru quer dizer não sei. No cangurismo, ao contrário, quando um promotor canguru salta desrespeitosamente sobre seus colegas, sempre se sabe: ou é esquema familiar ou político.

Participe da Campanha Nacional “Cangurismo Nunca Mais!”. É muito simples. Não adote um canguru. Não alimente a canguruzite. Não inocente um cangurulheiro. Combata a cangurufilia. Repudie a cangurugonha. Valorize a democracia. Clame por isonomia. Exija respeito para todos os colegas. Aplauda a justiça.

Um Ministério Público justo depende mais de atitudes que de silêncio.

Fonte: O Parquet

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse é apenas um dos resultados da traíção contra o Brasil que aconteceu em 1988, com a malfadada constituição de 88 que denominada jocosamente de constituição cidadã, veio a agravar totalmente as desigualdades e tensões sociais no Brasil em todos os lugares.

Como alguns se arrogaram o direito de se enxergarem acima da lei e das instituições corretas e com êxito conseguiram levar isso adiante, hoje aí está o resultado.

Não só o cidadão se vê hoje abandonado e considerado menos igual que usurpadores políticos, que através de leis viciadas e redigidas por um poder político viciado, tem todas as vantagens e impunidades criadas a seu favor, como até mesmo os membros dos poderes político e judiciário que ainda lutam com idealismo e senso de lealdade à sua profissão e à sua nação, começam a ser segregados para posições inferiores, em detrimento do que é certo e justo e em favor do que é errado e injusto.

A classe de usurpadores da política e da justiça que se colocou acima da lei tem uma característica de caráter que se nota de imediato: quem se acredita acima da lei se coloca abaixo do vício.

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Paradigma

O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)