A vida só tem um sentido, e o único sentido que a vida tem é quando investimos nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa, a luta do coletivo. Esta é a lida do Promotor de Justiça: lutar pela construção contínua da cidadania e da justiça social. O compromisso primordial do Ministério Público é a transformação, com justiça, da realidade social.



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9 de maio de 2008

CCJ da Câmara aprova projeto de Maluf que pune MP por má-fé em ações



A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou nesta quinta-feira (7/5) projeto de lei que pune abusos de representantes do Ministério Público nos casos de denúncias que forem consideradas pelo juiz como de má-fé, para promoção pessoal ou perseguição.


O projeto torna "expressa a responsabilidade de quem ajuíza ação civil pública, popular e de improbidade temerárias". A proposta vai agora à apreciação do plenário da Câmara.


O projeto, de autoria do deputado Paulo Maluf (PP-SP), foi aprovado na forma do parecer do relator, deputado Francisco Tenório (PMN-AL), por 30 votos a 10. De acordo com a justificativa de Tenório, o ordenamento jurídico brasileiro "estabelece como regra o uso da boa-fé em todas as relações humanas. Daí que deve se buscar a repressão e a condenação de quaisquer atos que se utilizem de má-fé como forma de se obter a promoção pessoal daquele que ajuíza ação pública de forma temerária".


Segundo Paulo Maluf, o projeto não impede que seja feita qualquer ação civil pública ou popular, apenas acaba com a impunidade no caso de alguém querer, através destes tipos de ação, se autopromover ou perseguir politicamente.


"Ninguém fica impedido de agir, mas vai tomar mais cuidado. Acaba com essa história de cada um fazer o que quiser sem ter responsabilidade civil, se ficar comprovado que houve má-fé ou outro dos motivos listados no projeto, a pessoa vai arcar com o pagamento das custas, tem a responsabilidade civil pela causa".


De acordo com o deputado Flávio Dino (PcdoB-MA), que trabalhou e votou contra a matéria, a aprovação é uma espécie de acerto de contas com o Ministério Público. "Nos debates ficou evidenciado que há um clima negativo com o Ministério Público por causa de certos abusos. O projeto é um veneno . A dose foi excessiva e a pretexto de coibir abusos vai impedir as boas ações do MP".


In http://www.ultimainstancia.com.br/ - Quinta-feira, 8 de maio de 2008.

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O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)