A vida só tem um sentido, e o único sentido que a vida tem é quando investimos nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa, a luta do coletivo. Esta é a lida do Promotor de Justiça: lutar pela construção contínua da cidadania e da justiça social. O compromisso primordial do Ministério Público é a transformação, com justiça, da realidade social.



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1 de abril de 2008

Homem que matou Promotor vai novamente a júri


Julgamento de ex-policial militar que tirou a vida de Marcelo Küfner ocorre amanhã na capital gaúcha

O ex-policial militar Heitor José Ávila, acusado de matar o promotor de Justiça Marcelo Dario Muñoz Küfner, irá a novo julgamento nesta quarta-feira, 02, em sessão a ser realizada na 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, a partir das 9 horas. O promotor de Justiça Fabiano Dallazen atuará no júri.

JULGAMENTOS ANTERIORES

Heitor já sentou no banco dos réus por duas vezes. Na primeira, em sessão realizada no mês de março de 2006, em Santa Rosa, foi condenado a 37 anos e seis meses de reclusão. A defesa recorreu da decisão e o segundo julgamento foi realizado em maio do mesmo ano, em Porto Alegre. O desaforamento - realização em outra comarca - atendeu requerimento do Ministério Público. Porém, na segunda oportunidade o conselho de sentença foi dissolvido a pedido do Ministério Público. Isso porque uma mulher, sorteada entre os 21 jurados, teria sido procurada pelo pai do réu para “desqualificar o crime”. Atualmente o ex-brigadiano encontra-se recolhido, preventivamente, na Penitenciária Modulada de Ijuí.

O CRIME

A vida de Marcelo Küfner foi interrompida na madrugada de 14 de maio de 2004. Após deixar a sede do Ministério Público em Santa Rosa, local onde exercia as funções há apenas dez dias, o Promotor de Justiça ouviu um estrondo, desceu do carro e atravessou a rua ao verificar o veículo conduzido por Heitor José Ávila colidido contra uma árvore. Küfner solicitou então que ele fosse encaminhado para realização do exame de teor alcóolico. O sargento que atendia a ocorrência reconheceu o motorista, que estava à paisana, como policial militar, e perguntou se estava armado. Neste momento, Heitor sacou um revólver calibre 38, pertencente à Brigada Militar, e desferiu dois tiros contra o Promotor que tombou. O sargento ainda tentou segurá-lo, mas o motorista acabou descarregando o revólver, acertando mais três tiros na vítima.

Fonte: http://www.mp.rs.gov.br/ -Por Ricardo Grecellé - imprensa@mp.rs.gov.br

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O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)