
não é o ministério que se diz ser
roubaram-lhe a alma para satisfazer interesses mesquinhos
[daqueles bem mesquinhos, sim]
sob o olhar lânguido dos indiferentes
ou a meia-verdade dos hipócritas de plantão
e alguns lavam na bacia de pilatos mais que as mãos sujas
na lama da cumplicidade, a vergonha
não sobra virtude para servir de exemplo
“quero o meu” vira reza de ladainha ou credo
e só negaças sustentam uns poucos aplausos
dos que sempre comem em qualquer prato
“ninguém vai mudar isso”
“sempre foi assim”
“com fulano foi pior ou vai ser pior”
“faço apenas meu trabalho”
“se não é o esquema de um será o de outro”
“minha indiferença é meu protesto”
“seis ou sete pra me aposentar e ó...”
“até o chefe se curva, fazer o quê?”
“quem cala, consente”
“isso precisa mudar”
“temos que ser respeitados e valorizados”
“medo do quê, rapaz?”
“é renovar conselho, ampem, procuradoria”
“apóio, sim, e não peço segredo”
“não vamos deixar que destruam o que é de todos nós”
uns nascem no assim, outros, no assado
escravidão, genocídio, ditadura, inquisição ou talibã
há fiéis pra cada lado
estão bem na foto só ocupam um bom lugar de promotor.
Um comentário:
Caro colega,
Vez por outra passo por aqui. Hoje, vi a publicação da postagem "Assim e assado", de nossa autoria, originalmente postada em www.oparquet.blogspot.com
Muito grato pela deferência. Espero que ela possa contibuir para algumas reflexões. Bom trabalho e boa sorte.
Postar um comentário