A vida só tem um sentido, e o único sentido que a vida tem é quando investimos nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa, a luta do coletivo. Esta é a lida do Promotor de Justiça: lutar pela construção contínua da cidadania e da justiça social. O compromisso primordial do Ministério Público é a transformação, com justiça, da realidade social.



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14 de abril de 2007

SOCIEDADE PODE ATÉ VIVER SEM LIBERDADE, MAS NUNCA SEM A ORDEM


Dia desses, li uma entrevista do professor Leôncio Rodrigues Martins. A certa altura, discorrendo sobre questões políticas e institucionais, afirmou mais ou menos isso: uma sociedade pode sobreviver sem liberdade, mas não sem a ordem!

O que se está verificando na atualidade brasileira é a ausência da ordem. O clima de insegurança está aumentando de forma significativa a cada dia que passa. Notem: o que aparece nos veículos de comunicação não é tudo, já que a mídia consiste sempre em expor uma coleção de recortes da realidade.

Haverá um momento que, sem dúvida, a sociedade fará a opção pela ordem. Nem que isto lhe possa custar a liberdade. É uma questão de sobrevivência.

Em clima de comoção aumenta o gregarismo e, também, o sentido de altruísmo. Fato que é muito evidente em situações limite impostas por catástrofes naturais, quando o grupo social nota que a manutenção da espécie está em jogo. O gene, egoísta como é, não pode prescindir do seu veículo para viajar à eternidade. O instinto de preservação da espécie é uma força natural para a qual não há nenhuma barreira. Valores morais e éticos têm de corresponder aos insondáveis desígnios da natureza. Se isto não acontece, tem-se uma crise severa. Pode parecer uma crise política, mas na verdade é uma imposição do reino da natureza.

Os bandoleiros, acoitados por Lula e o PT, portanto beneficiários do discurso benevolente e assistencialista e da tolerância ao crime por parte de um governo pautado pelo politicamente correto, estão cavando a sepultura política de seus próprios defensores! A crise do governo está apenas começando e seu desfecho tem tudo para ser traumático. O estopim já foi aceso.

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo.

Já é hora do interesse público se sobrepor ao interesse individual. Não custa ao Estado mitigar alguns direitos individuais em favor da coletividade. Deve haver uma inversão de valores. O garantismo deve servir ao homem de bem (à coletividade) e não ao criminoso.

De tal arte, imperioso que a ordem se coloque acima do caos em que vive a sociedade brasileira...

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Paradigma

O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)