Paradigma
O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)
Um comentário:
Os corretos não estão silenciosos nem apáticos. Estão submetidos a uma censura por parte da mídia que sempre faz o caminho que mais agrada a quem está no poder, ou seja, silenciar as vozes que falam em justiça e correção de princípios.
Seu aparente zelo em denunciar o que é errado é apenas porque o que está errado hoje é seu desafeto e além disso atrapalha seus negócios.
Quando o que é errado caminha junto com os interesses da grande mídia no Brasil, ela só retrata maravilhas. Assim os idealistas e corretos fazem o que podem com seus meios, mas sempre sob o silêncio dos grandes meios de comunicação, que só retratam os erros de quem ela não gosta.
Quando seus aliados erram, ela nem de longe sabe de alguma coisa.
Essa é a diferença nos dias de hoje entre os corretos e os meios de comunicação.
Os idealistas e os que procuram a ética, olham para seus ideais como quem olha para a justiça. Os meios de comunicação nos dias de hoje olham para esses princípios da mesma forma que um negociante olha para os dois lados de uma cédula.
De dinheiro, é claro. A eleitoral é só um boleto de aposta no cavalo que vai chegar primeiro.
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