1 de janeiro de 2010

Ano Novo


Não vou desejar-lhe um feliz ano novo.

Não vou desejar-lhe saúde, alegria e dinheiro no bolso.

Esse ano eu tenho desejos diferentes para fazer a você.

Desejo olhos abertos,

Desejo dentes cerrados,

Desejo coração pulsante,

Alma afiada,

Vontade de mudar tudo.

Não desejo que tudo caia do céu.

Desejo que lute muito e vença se possível.

Desejo que fique atento e aprenda com o melhor e com o pior.

Pois há muitos que desejarão sua derrota.

Desejo que não se conforme,

Desejo que seja um pouco intolerante,

Com quem lhe usurpa a liberdade,

Com quem lhe rouba o pão de cada dia,

Com quem finge governar, mas legisla em causa própria.

Desejo que acredite que há alguém olhando por você.

Desejo que confie nEle.

Desejo que se lance na experiência de crer.

Desejo que veja luz nas noites mais escuras.

Saiba que a Cruz esconde vida e vitória.

Mas também esconde luta, mão estendida e uma voz que clama...

Esse ano eu desejo guerra.

Contra a falsa paz imposta por quem quer que você fique dormindo,

Por quem quer que você ria da própria miséria,

Por quem deseja se sobrepor a você através do jeitinho.

Pois esse ano certamente haverá morte,

Haverá roubo,

Haverá miséria,

Haverá exploração,

Tudo isso se você não tiver as coisas que lhe desejei...

Desejar o que é de costume para um ano novo pode ser até bonito.

Mas eu não te desejo um feliz ano novo,

Desejo sim a capacidade de criá-lo.

Com suor,

Com determinação,

Com senso de justiça,

Com fé...

Desejo sim um mundo diferente.

Desejo que você também o queira.

(Autor Desconhecido)

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